“Penso, logo existo”. Esse pensamento cartesiano criou uma barreira significativa para compreensão do homem moderno. Os conceitos de carne e pensamento – sujeito e corpo – ficaram em dois lugares distintos, emoldurados em seus contextos e os retroalimentando. Acreditava-se, ritualizava-se, imaginava-se que o homem – total, unitário e concreto – compunha um célula impenetrável e imutável. O homem determinado por esse pensamento constitui uma ecologia do sujeito ocidental e, há um bom tempo, essas fronteiras são colocadas em estado de latência. Nesse momento há problemas maiores em relação a imutabiliadade do sujeito e ao binarismo – carne e sujeito, carne e pessoa, carne e ser, carne e pensamento – em alguns níveis de compreensao e de construção de informação.
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Um artigo muito interessante, este do Francis. A sociedade informática em tdas as suas peculiaridades, enfrenta este dilema: como fazer um avatar gozar? Lembro que o termo avatar é uma criação metafísica da religião Hindu, os avatares de Krishna eram diversos, renovando sua figura por estas fragmentações do seu “eu” divino. O artigo aponta algumas direções, e é realmente bom ler um texto de teor “cibernético”, mas de uma linguagem que alcança ao leitor. Very Good! Jorge Bandeira